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A iniciativa é da Secretaria Municipal da Educação e foi contemplada com R$ 40.000,00 na 20º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

A Secretaria Municipal de Educação (SME) está implantando, a partir deste mês, o projeto “Abelhas Sem Ferrão” em diferentes escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), totalizando 15 unidades escolares a serem atendidas em 2024. A ação foi contemplada com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com um valor total de R$ 40.000,00 para impulsionar o projeto e também expandir o projeto das hortas escolares na rede municipal.

Desenvolvida em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), essa iniciativa vem sendo implementada com sucesso, desde 2022, nas Escolas Maestro Andrea Nuzzi, Maestro Roberto Pereira Panico e Profº Noêmia Alaver Garcia Malanga, e apresenta inúmeros benefícios no aprendizado e na sensibilização dos estudantes quanto à importância das abelhas e à preservação do ambiente.

Além dessas três unidades, nessa nova etapa também serão contempladas as escolas municipais Prof. Hélvio Esteves, Ruth Ferreira de Souza, Armando Rosário Castelo, Bento Munhoz da Rocha Neto, Luiz Marques Castelo, Maria Shirley Barnabé Lyra; e os Centros Municipais de Educação Infantil Abdias do Nascimento, Antonieta Trindade, Clélia Regina de Almeida Zotelli, Dirce de Almeida Barros Baptista, Irmã Maria Nívea e Laura Ribeiro Vergínia de Carvalho.

De acordo com a professora responsável pelo Apoio Pedagógico de Ciências, da Secretaria Municipal de Educação, Cristina da Silva Borba, a ampliação do projeto contemplará as unidades escolares que já possuem hortas ou jardins sensoriais, havendo assim maior integração junto às colmeias no ambiente escolar.

Nessas unidades estão sendo instaladas as casinhas de madeira, contendo uma colmeia de abelhas nativas sem ferrão da espécie Jataí (Tetragonisca angustula). Também serão fornecidas plantas apícolas para o plantio junto às colmeias, delimitadas por piso de concreto em formato hexagonal, fazendo referência aos favos de mel e criando, assim, um ambiente lúdico e propício para a prosperidade das abelhas sem ferrão, comentou.

De acordo com o agrônomo Paulo Guilherme, as casinhas com as colmeias, já foram instaladas em 9 unidades, e as demais serão instaladas de forma gradativa até o fim do primeiro semestre deste ano, beneficiando cerca de 3.900 alunos.

O projeto conta com o apoio da professora Dra. Silvia Helena Sofia, do Departamento de Biologia Geral do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL. No dia 12 de abril, a docente, junto com o apicultor e meliponicultor Alexandre Santos de Souza, irão ministrar uma formação voltada para os professores das 15 unidades que participam do projeto. Durante a palestra, serão compartilhadas informações sobre os cuidados com as colmeias e o papel essencial das abelhas na preservação ambiental.

A professora Silvia Helena Sofia explicou que existem 20 mil espécies de abelhas, 2 mil catalogadas no Brasil e que dessas, cerca de 300 espécies são de abelhas sem ferrão. “As abelhas são o principal grupo que polinizam plantas que produzem flores e frutos, e por conta disso as flores são capazes de produzir frutos que servem de alimento para toda uma cadeia de animais. Nós temos toda uma cadeia de alimentos que é mantida graças aos frutos. Sem as abelhas, certamente iremos ter perda de biodiversidade”, relatou.

Sofia ainda explica que as abelhas são importante para a produção de alimentos e que existem muitas frutas que são produzidas por causa da polinização das abelhas. Ela deu como exemplo o maracujá, que só é produzido na presença de um polinizador. Caso contrário, é necessário ser polinizado à mão pelo produtor, então as abelhas devem ser vistas como agentes necessários na produção de alimentos.

“A decisão de trabalhar com as abelhas sem ferrão nas escolas é porque elas são animais muito curiosos, pelo comportamento e por elas produzirem mel. Assim, educar os alunos falando do papel das abelhas e usá-las como elemento para os estudantes perceberem as mudanças que estão ocorrendo no mundo formam um tema interessante de se trabalhar”, salientou a educadora.

O projeto foi aprovado na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com o tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.

Rebeca Vernillo/Asimp

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